segunda-feira, 18 de junho de 2012

SP: Tatuapé deve ter o primeiro hospital público de cães e gatos do país.

SÃO PAULO – O Tatuapé, na zona leste de São Paulo, vai ganhar o primeiro hospital público para cães e gatos do Brasil.


O projeto faz parte das ações da Coordenadoria Especial de Proteção a Animais Domésticos, criada  quarta-feira, 23 de Maio, pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD).

Prefeitura calcula que a população total de cães e gatos na capital seja de 3 milhões.

O projeto, proposto pelo vereador Roberto Trípoli (PV), será formalizado na semana que vem, quando a Prefeitura assinará contrato com a Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais de São Paulo (Anclivepa-SP). A entidade será responsável pela gestão do hospital.
“É uma ação inédita no País.

Vamos quebrar paradigmas e espero que isso se estenda a outras cidades”, afirma o conselheiro da Anclivepa-SP, Wilson Grassi Júnior.

Além de oferecer tratamento a animais de famílias carentes, o hospital servirá como escola para alunos de cursos de especialização veterinária ministrados pela associação.

As instalações ficarão em um prédio que pertence à Anclivepa-SP, onde a associação já tinha planos de criar um hospital. “A Prefeitura nos procurou para que uníssemos nossos projetos.

Assim, poderemos potencializar nossas ações”, disse Júnior.

Segundo ele, o hospital deve entrar em funcionamento 30 dias depois de assinado o contrato.

Para o presidente da Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal (Arca-Brasil), Marco Ciampi, a iniciativa tem uma importância social.

“Foi dado um passo além na proteção aos animais.

Teremos agora a possibilidade de oferecer tratamento veterinário para camadas da população que não teriam acesso de outras maneiras”, afirmou.

O ativista acredita que o hospital poderá colaborar inclusive para que o número de animais abandonados na capital diminua.

A Prefeitura calcula que a população total de cães e gatos em São Paulo seja de 3 milhões.
Zoonoses.

Com a criação da Coordenadoria, o Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo (CCZ) não será mais o único local de atendimento, proteção e encaminhamento de animais.

Marco Ciampi vê com bons olhos a perda de algumas funções do local.

“As políticas de prevenção emanavam de um único centro, o que complicava a logística e centralizava a atuação. O CCZ ganha, pois deixa de ser um órgão que apaga incêndios.”

Apesar disso, o ativista ressalta que o número de centros ainda é insuficiente.

Segundo ele, o ideal seria ter 12 locais do tipo.

Parte do orçamento destinado à coordenadoria, de R$10 milhões, será usado para a construção de um Centro de Adoção de Animais na sede do CCZ, em Santana, zona norte.

Segundo Grassi Júnior, a verba destinada ao hospital neste ano será suficiente para comprar equipamentos e garantir o funcionamento do hospital por um ano.

Na assinatura do termo de compromisso nesta quarta-feira, 23, o prefeito e o secretário municipal de Saúde, Januário Montone, afirmaram que a criação do hospital e do centro darão às políticas de proteção mais independência e agilidade.

Fonte:Estadão

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