quarta-feira, 25 de abril de 2012

O cérebro prefere música clássica


Dizer “esta música é muito boa” ou “nossa! Que música horrível” é muito comum.

Todos têm seus gostos particulares e rejeitam artistas e bandas que fogem das preferências pessoais.

Mas, uma pesquisa publicada no periódico científico BMC Research Notes revela que talvez haja um padrão.

Segundo o artigo, as pessoas tendem a gostar das músicas que soam “complexas” aos ouvidos, mas que são “decifráveis e armazenadas” pelo cérebro, como as composições eruditas.

O autor do estudo, Nicholas Hudson, biólogo da Australian Commonwealth Scientific and Industrial Research Organization, disse que o cérebro comprime a informação musical como um software de computador faz com um arquivo de áudio: ele identifica padrões e remove dados desnecessários ou redundantes.

A música clássica, por exemplo, pode parecer complexa para quem ouve, mas o cérebro consegue encontrar padrões para o trabalho de compressão.

Pouca coisa é descartada.

Hudson usou programas de compressão de músicas para imitar como o cérebro age e usou músicas que já haviam sido analisadas em um estudo de 2009 que mediu como 26 voluntários curtiam músicas de diferentes gêneros musicais como clássico, jazz, pop, folk, eletrônica, rock, punk, techno e tango.

Entre as músicas que o biólogo escolheu, “I should be so Lucky” da Kylie Minogue foi comprimida a 69,5% de seu tamanho original; “White Wedding” do Billy Idol foi diminuída a 68,5%; e a Terceira Sinfonia do Beethoven foi reduzida a 40,6% do seu tamanho inicial.

O cérebro, como o software encontraram mais padrões na música do compositor alemão.

Com as outras músicas, ele teve pouco trabalho de compressão, pois o resto foi “jogado fora”.

Fazendo uma comparação, as músicas mais “comprimíveis” foram aquelas escolhidas como as mais agradáveis no estudo de 2009.

Mas, porque nosso cérebro gosta mais das músicas que o fazem trabalhar mais para comprimi-las?

“É da nossa natureza sentir mais satisfação ao atingir uma meta quando a tarefa é mais difícil.

As coisas fáceis trazem um prazer superficial.

As músicas mais simples, com poucos padrões de compressão, rapidamente ficam irritantes e deixam de ser estimulantes”, disse Hudson.

Esta é uma explicação para aquela sensação de enjoar rapidamente de uma música.

O teste também incluía barulhos aleatórios que só puderam ser comprimidos a 86%.

O resultado foi que estes sons causaram indiferença e tédio nas pessoas.

Já foi dito que música clássica ajuda a memória, ajuda o foco nos estudos e pode até deixar as pessoas mais inteligentes.

Este é mais um estudo que comprova a qualidade da música clássica, mas, como diz o ditado: gosto não se discute.

[LifesLittleMysteries]

http://hypescience.com/o-cerebro-prefere-musica-classica/

Animais de estimação gostam de musica, mas não de qualquer uma

 


Quem aqui nunca viu seu animal de estimação “cantando” junto com uma música?

Mas será que eles gostam do seu estilo musical?

“Nós temos uma tendência humana de nos projetar em nossos animais de estimação e assumir que eles vão gostar do que gostamos”, afirma o pesquisador Charles Snowdon.

Mas não é porque você gosta de Mozart que seu cachorro não vai preferir rock.

E vice-versa.

Ao contrário da ideia convencional de que a música é um fenômeno puramente humano, pesquisas recentes mostram que animais possuem também essa capacidade.

Porém, ao contrário dos nossos estilos, cada animal tem o que Snowdon chama de “música específica para espécies”: estilos familiares para cada espécie em particular.

Com alcances vocais e batimentos cardíacos diferentes dos nossos, os animais não conseguem se conectar ao nosso estilo musical.

Estudos mostram que eles geralmente respondem à nossa música com total falta de interesse.

Mas com isso em mente, Snowdon trabalhou com o tocador de violoncelo e compositor David Teie, para compor músicas específicas aos animais.

Em 2009, eles compuseram duas músicas para macacos, com vozes três oitavas superiores a nossa e ritmo cardíaco duas vezes maior.

A música soava estranha para os humanos, mas os animais pareceram gostar.

Agora, a dupla está compondo música para gatos, e estudando a reposta animal a isso.

“Nós estamos trabalhando para criar uma música com uma frequencia próxima a da voz dos gatos, e usando o ritmo cardíaco deles, que é mais rápido que o nosso”, comenta.

“Nós descobrimos que os gatos preferem músicas compostas dessa maneira do que a música humana”.

Tem um gato?

Teie está vendendo as músicas especiais online (começando com U$ 1.99 por música), através de uma empresa chamada “Music for Cats” (Música para Gatos).

Já os cachorros são mais complicados, principalmente porque eles variam muito no tamanho, na voz e no ritmo cardíaco.

Mas se você tem um labrador ou um Mastiff, o gosto pode até ser similar ao seu.

“Minha previsão é de que os cachorros grandes podem gostar mais da música humana do que um chihuahua”, afirma Snowdon.

De fato, uma pesquisa da psicóloga Deborah Wells mostrou que os cachorros conseguem discernir entre os diferentes tipos de música humana.

“Eles demonstram comportamentos mais relaxados quando escutam música clássica e mais agitados quando ouvem heavy metal”, comenta ela.

Levando em conta essas pesquisas, o que será que seu animal de estimação pensa quando ouve Michel Teló?

 [MSN]

http://hypescience.com/animais-de-estimacao-gostam-de-musica-mas-nao-de-qualquer-uma/

Como gatos sobrevivem a quedas de grandes alturas?

A incrível habilidade dos gatos de cair de grandes alturas e não sofrer nenhum dano é puramente uma questão de física, biologia evolucionária e psicologia.

“Nós sabemos que esses animais têm esse comportamento, e existem muitas histórias incríveis de sobrevivência”, afirma a bióloga Jake Socha.

O problema é que os cientistas não pretendem ficar jogando gatos de alturas para estudar esse tipo de habilidade.

Poucas pesquisas foram feitas até o momento.

Um estudo de 1987, realizado com 132 gatos que foram trazidos para uma clínica veterinária após quedas muito grandes, constatou que 90% sobreviveu e apenas 37% precisou de tratamento de emergência.

Um deles caiu de uma altura de 32 andares e apenas quebrou um dente e danificou um pulmão, sendo liberado 48 horas depois.

Os cientistas justificam que os gatos têm uma grande área superficial se comparada com o peso, o que reduz a força do impacto no chão.

Os gatos atingem a velocidade terminal (quando a força gravitacional que o puxa para baixo é igual e oposta à resistência do ar, que o empurra para cima) a uma velocidade menor do que animais grandes, como humanos.

Pra exemplificar, um gato de tamanho comum atinge velocidade terminal a cerca de 97 quilômetros por hora, enquanto um humano atinge a 193.

Por serem animais “arbóreos”, os gatos, assim como macacos, répteis e outras criaturas do tipo, são desenhados pela evolução para serem incrivelmente resistentes a quedas.

“Ser capaz de sobreviver a quedas é algo crítico em animais que vivem em árvores, e os gatos são um deles”, afirma Socha.

Através da seleção natural, os gatos desenvolveram um instinto para girar o corpo, como um ginasta, alongar o rabo, e cair com as patas prontas para a queda.

Esses animais também podem abrir as pernas de maneira a criar um efeito “para-quedas”.

Os músculos das pernas sevem como molas para absorver choques, e os membros também estão angulados em baixo do corpo, ao invés de se estenderem, como nos humanos.

“Se o gato tivesse que aterrizar com as pernas diretamente abaixo da coluna, os ossos iriam todos se quebrar.

Mas eles colocam essa energia nas juntas, o que força menos os ossos”, explica Socha.

Tem um gato e planeja fazer um teste?

Gatos urbanos tendem a estar acima do peso e com uma condição física imperfeita.

Isso limita a capacidade de se endireitar enquanto caem, então melhor deixar as janelas fechadas.

[BBC]

http://hypescience.com/como-gatos-sobrevivem-a-quedas-de-grandes-alturas/

Origem da amizade pode ser muito mais antiga do que pensamos


Assim como os humanos, animais também se beneficiam de possuir amigos.

Novos estudos mostram que animais que podem contar com outros – para se coçar, dividir comida ou fazer um gesto de amizade – têm mais chances de se reproduzir e conseguem encarar melhor as doenças.

Isso sugere que a necessidade de confiança e companhia é mais antiga do que pensamos.

Se isso for verdade, a amizade pode oferecer vantagens evolucionárias.

“Esse fenômeno está começando a parecer algo muito antigo na evolução, que é dividido por muitas espécies sociais”, afirma a bióloga Dorothy Cheney.

Estudos com macacos, cavalos e chimpanzés mostram que eles são seletivos na hora de escolher com quem passar tempo ou comer.

Outro trabalho atual revela que um hormônio de ligação social torna os macacos mais generosos uns com os outros.

Pesquisas mostram que fêmeas de elefantes, golfinhos e roedores com boas amigas têm mais chance de ter mais crias e viver mais.

São muitas as linhas de pesquisa.

Analisar todos esses fatores pode trazer pistas para a origem e evolução que faz dos humanos seres tão sociais.


Eu te protejo

Os cientistas sabem há tempos que os animais formam laços.

Primatas e cavalos que passam mais tempo próximos geralmente são mais amigos e menos agressivos uns com os outros.

Chimpanzés e elefantes dividem comida, confortam os machucados e parecem ficar mal quando seus parentes morrem.

Mesmo assim, por décadas, a visão mais comum era de que as interações aconteciam apenas entre os animais muito próximos (familiares).

Laços formados entre animais sem parentesco eram supostamente passageiros, realizados para conseguir um benefício imediato. Mas agora os cientistas sabem que isso não é verdade.

E evidências indicam que um animal pode fazer algo para ajudar outro, sem ser da família, para receber algum benefício posterior.

Em termos estritamente evolucionários, os parentes se ajudam para promover a sobrevivência do material genético.

Mesmo assim várias espécies formam laços com aqueles que não carregam a mesma genética.

Chimpanzés machos formam coalizações, e tomam parte de um lado, mas não de maneira aleatória. Eles ficam junto daqueles que futuramente vão ajudá-los.

Um estudo de 2009 mostrou que 22 entre 28 chimpanzés formaram seus laços mais fortes de amizade com um outro com o qual não tinham parentesco, com algumas amizades durando uma década ou mais.

O maior fator para justificar a amizade entre animais – principalmente os machos – é evitar conflitos, e ter mais integrantes para defender o território e o grupo.

Mas eles, e nós também, fazemos amigos por outra razão também: porque dá uma sensação boa.

Não apenas é relaxante como também dá um efeito positivo na saúde.

Estudos detectaram a ocitocina – um dos hormônios que é secretado em situações prazerosas – nos macacos sociais, que eram também mais generosos com os outros.

Mais pesquisas serão feitas ainda, para analisar também o lado neural desse tipo de relação no mundo animal.

Como você pode ver, amizade não é algo apenas humano, mas histórico na natureza.

Viva os amigos!

[ScienceNews]

http://hypescience.com/origem-da-amizade-pode-ser-muito-mais-antiga-do-que-pensamos/

Há vida inteligente fora da Terra? Os golfinhos podem ajudar a responder

Os dicionários definem inteligência, basicamente, como a capacidade de aprender.

Mas e quando falamos de vida inteligente fora da Terra?

Será que esse conceito se aplica a extraterrestres?

E aos animais?

Um golfinho, por exemplo, não pode ser considerado inteligente?

 A agência americana SETI, especializada em procurar vestígios de vida fora do nosso planeta, resolveu tentar responder essas questões.

Uma das questões básicas, segundo os cientistas, é justamente definir o que se considera inteligência.

Embora a definição simplista de “capacidade de aprender” predomine, há quem diga que é necessário mais; um ser inteligente deve aprender, fazer relações e tirar conclusões, analisar ideias complexas e resolver problemas.

A faceta prática dessas ideias é o que se chama “tecnologia”: aplicar as ideias materialmente.

Logo, segundo essa definição, achar vida inteligente fora do planeta significa encontrar seres que possuam e apliquem tecnologia.

Um conceito psicológico de inteligência, segundo pesquisadores da Universidade de Oxford, é mais “humanizado”.

Não se trata apenas de saber produzir tecnologia, porque é preciso mais do que um cérebro para isso.

Os golfinhos, por exemplo, podem ser considerados inteligentes, mas não podem produzir tecnologia porque não têm braços para isso (em uma definição mais prosaica, não têm o polegar opositor).

Alguns animais, e os golfinhos são o exemplo mais recorrente, têm exatamente o que a Universidade de Oxford define como inteligência.

Para eles, um ser inteligente reúne três condições básicas: ideia de altruísmo (basicamente, reciprocidade nas atitudes, noções de causa e efeito na relação com seus semelhantes), “política” (noções de agrupamentos, divisões e lideranças) e empatia (a grosso modo, capacidade de ter e interpretar emoções, a sua e dos demais).

Em sociedades no reino animal, tais habilidades são frequentemente demonstradas.

O que chama atenção dos pesquisadores quanto a golfinhos, no quesito inteligência, é a comunicação.

Testes no passado já comprovaram que golfinhos são capazes de compreender e interpretar cerca de 50 comandos dados em inglês.

Nós, humanos, por outro lado, não fazemos a mínima ideia do que significa a “linguagem” de ondas com a qual os golfinhos se localizam e se comunicam.

Mas este conceito de linguagem também é discutível, segundo os cientistas.

O que os pesquisadores esperam, portanto, é fazer uma ponte entre a nossa comunicação e a dos golfinhos.

De acordo com uma técnica aceita pelo SETI, chamada de “teoria da informação”, toda comunicação pode ser simplificada, visual ou auditivamente, a uma espécie de logaritmo de bits (algo como a linguagem do 0 e 1) da computação.

No cérebro humano, segundo essa tese, há um padrão unificado que permite o aprendizado de linguagens, e animais como o golfinho dispõem exatamente do mesmo recurso.

Assim como nós, eles têm a capacidade de organizar informações soltas e fazê-las ter sentido para eles.

Sabem também aplicá-las segundo suas necessidades, que no caso dos golfinhos é se comunicar à distância debaixo da água.

Como isso poderia ajudar a achar extraterrestres?

Essa teoria assume que humanos e golfinhos, no fundo, teriam um mesmo padrão de comunicação, que apenas se manifesta de maneiras diferentes.

Assumindo isso como uma possibilidade, cientistas do Instituto Tecnológico da Geórgia (EUA) estão se dedicando a uma missão inusitada: construir um tradutor de “golfinhês” para uma linguagem conhecida pelos humanos.

Os primeiros testes reais com essa máquina, que já está em desenvolvimento, são previstos para 2012.

A ideia, na teoria, é simples.

Analisar ações e reações dos golfinhos, gravando os sons que eles emitem, e tentar converter a comunicação para um padrão mensurável por computador.

O passo seguinte, nessa tarefa, seria mensurar a linguagem humana sob estes moldes e tentar unificar ambas as linguagens sob esse padrão (não se trata de “humanizar” os golfinhos, apenas decodificar a linguagem).

O princípio básico da teoria, formulada pelo SETI, afirma que tal habilidade de comunicação é o que caracteriza inteligência.

Na busca por vida inteligente fora da Terra, seria possível usar esse padrão para rastrear vestígios de comunicação universo afora.

É claro que isso depende de muitas variáveis, mas os cientistas imaginam algo como um sensor colossal que capte sinais de comunicação pela galáxia, como se fosse uma antena de rádio.

O problema (antes mesmo de pensar em quão difícil será decodificar a linguagem dos golfinhos através de um computador, transformar isso em um código que sirva para tradução humana e construir um sensor que capte essas transmissões no espaço), a princípio, é paradoxal.

Se o universo é realmente cheio de relações sociais e comunicações, como no mundo dos golfinhos, mas tais formas de vida espaciais não podem produzir tecnologia, como os golfinhos, estamos no escuro.

As vidas inteligentes podem estar por aí, espalhadas no espaço, mas não seremos capazes de detectar.

[LiveScience]

http://hypescience.com/ha-vida-inteligente-fora-da-terra-os-golfinhos-podem-ajudar-a-responder/

Ninguém sabe por que 877 golfinhos foram encontrados mortos no Peru

Autoridades peruanas ainda tentam desvendar o mistério da morte de centenas de golfinhos em suas praias nos últimos meses.

Segundo o ministro do Meio Ambiente do Peru, Gabriel Quijandria, a hipótese mais provável para explicar as 877 carcaças de golfinhos encontradas no norte do país é a possibilidade de uma infecção viral pelo morbillivirus, o vírus causador do sarampo.

Contudo, isso só será comprovado nas próximas semanas, por meio de mais testes clínicos.
Outros acusam a exploração de petróleo pela empresa “BPZ Energy” de ser a principal culpada.

O grupo ambiental peruano “Orca” afirma que as ondas sonoras dos trabalhos sísmicos parecem ser a causa. Mas ainda não há provas conclusivas.

O país receberá ajuda de especialistas da Administração Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos para tentar chegar a um veredito.

Segundo o físico George Ioup, da Universidade de New Orleans, Estados Unidos, ainda não há como saber a causa para esse número preocupante de golfinhos mortos.

[Yahoo]

http://hypescience.com/ninguem-sabe-por-que-877-golfinhos-foram-encontrados-mortos-no-peru/