17 de Agosto de 2012
A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Piracicaba, no interior de São Paulo, investiga um caso de maus-tratos contra cães comunitários do Centro Comercial do Terras de Piracicaba.
O caso foi denunciado pela equipe da ONG Vira-Lata Vira-Vida (VLVV), que garantia cuidados de saúde aos cães Mocinha, Costela e Saci há anos.
No domingo (12/08), Mocinha foi encontrada com 11 perfurações lineares na barriga, ferimentos semelhantes aos encontrados no cão Costela na semana anterior.
O caso foi denunciado pela equipe da ONG Vira-Lata Vira-Vida (VLVV), que garantia cuidados de saúde aos cães Mocinha, Costela e Saci há anos.
No domingo (12/08), Mocinha foi encontrada com 11 perfurações lineares na barriga, ferimentos semelhantes aos encontrados no cão Costela na semana anterior.
De acordo com a presidente da entidade, Miriam Miranda, os animais permaneciam durante as manhãs no pet shop da sua irmã e passavam as noites em um hipermercado, onde eram cuidados pela comunidade.
"As pessoas davam comida e os guardas gostavam que eles dormissem lá para dar sinal", explica. Recentemente, porém, os cães tornaram-se alvos de múltiplos ataques.
"Há alguns meses a Mocinha chegou com um corte na cabeça.
Em julho, ela teve a mandíbula quebrada com um chute", conta Miriam.
Por conta da agressão, a cachorra foi operada e permanece com aparelho na boca para correção da fratura.
"Depois desse episódio, minha irmã começou a levar os cães para casa toda noite ao fim do expediente no pet shop".
Na segunda-feira (06/08), porém, Mocinha e Costela não foram encontrados.
No dia seguinte, pela manhã, Costela retornou ao pet shop ferido e a cadela continuava desaparecida.
Ela foi localizada somente na madrugada de domingo, 12/08, quando os funcionários do hipermercado ligaram para Miriam informando que ela havia retornado, mas estava ferida.
A ativista conduziu a cachorra para a sua casa e na manhã seguinte chamou uma veterinária do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para auxiliar nos socorros.
"Os ferimentos ficaram mais visíveis quando demos um banho na Mocinha para limpar a região afetada.
Ela estava com perfurações similares às encontradas no Costela na semana anterior", disse.
Com a suspeita de que o autor do crime de maus-tratos contra os dois animais seja a mesma pessoa, a ativista registrou um boletim de ocorrência no DIG na segunda-feira, 13/08.
A Polícia já iniciou as investigações, porém, os nomes dos suspeitos ainda não foram divulgados.
A cadela Mocinha, que perdeu muito sangue, recupera-se de um quadro de anemia e permanece sob os cuidados de Miriam.
Já Costela e Saci continuam na casa da sua irmã.
Os animais só serão doados, caso os adotantes residam em local com grande espaço para locomoção e atividade. "São cães que há muitos anos vivem livres.
Não ficariam bem em locais fechados, sem liberdade", ressalta a presidente da VLVV.
Para mais informações sobre os cães, entre em contato com a ONG pelo telefone: (19) 9831-1929.
Fotos: Miriam Miranda / VLVV
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