quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Piracicaba: Cadela comunitária é resgatada com 11 perfurações


A violência é absurda e assustadora, comenta presidente da ONG, Miriam Miranda, que fez B.O.
14/08/2012 -


Gazeta de Piracicaba Grupo RAC

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso será investigado pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais)
(Foto: Gazeta de Piracicaba )

A cachorra Mocinha, cujo desaparecimento havia sido noticiado na coluna Achados e Perdidos, da Gazeta, na última terça-feira, foi encontrada com onze perfurações pelo corpo: oito na região torácica-lombar e três na coxa direita.

A denúncia anônima feita à Gazeta foi confirmada pela presidente da ONG Vira Lata Vira Vida, Miriam Miranda.
Ela registrou Boletim de Ocorrência e o caso será investigado pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais).

Segundo Miriam, Mocinha é um dos quatro cães comunitários que vivem na área comercial do Terras Piracicaba e região do Carrefour.
“Eles são chipados, vacinados, castrados e cuidados pela comunidade”.

No último sábado de manhã, a tutora dos cães recebeu uma ligação informando que Mocinha estaria nas imediações do Carrefour, mas quando foi até lá não mais a encontrou.
No começo da madrugada de domingo, aos 30 minutos, um dos guardas do hipermercado ligou dizendo que ela estava no estacionamento.
Foi resgatada pela tutora e pela presidente da ONG, que a levou para casa dela.

No domingo de manhã, a médica veterinária Eliane de Carvalho, coordenadora do Centro de Zoonoses de Piracicaba, deu os primeiros socorros e identificou as 11 perfurações no corpo do animal, todos retilíneos e com cerca de dois a três centímetros.
“Por sorte, não atingiram a artéria, já que foi próximo ao coração, e nem perfuraram o pulmão”, comenta a veterinária.
O tratamento está sendo feito com analgésico, antibiótico e curativos diários.
Ela se recupera bem.

Além de Mocinha, o cão Costelinha também sofreu agressões.
Nele, foram cinco perfurações, com as mesmas características das identificadas na cadela.
Segundo Miriam, ele também havia sumido e retornou ferido ao Terras Piracicaba, onde vive.
Esta não foi a primeira agressão sofrida por Mocinha.
No mês passado, ela apareceu com o maxilar fraturado, passou por cirurgia e ainda está em tratamento, com ajuda de várias pessoas, simpatizantes dos cães comunitários.

O Centro de Zoonoses elaborou o laudo e junto com as fotos das perfurações foram entregues, pela ONG Vira Lata Vira Vida, ao delegado da DIG, Wilson Lavorenti, que vai investigar o caso.

Violência

“A violência é absurda e assustadora”, comenta a presidente da ONG, Miriam Miranda.
Em sua opinião, a ‘convivência animal-homem está se tornando impossível.
“A violência do homem está extrapolando os limites.
Mocinha é calma, tranquila, é a síntese do cachorro dócil”, afirma Miriam diz ainda que a cadela nunca atacou ninguém, nem animais.

A coordenadora do Centro de Zoonoses observa que a existência do cão comunitário está assegurada pela lei 12.916.
O animal, cão ou gato, considerado comunitário tem o direito garantido de permanecer na via pública no bairro onde escolhe para viver.

Sua preocupação é que os maus-tratos sofridos por Mocinha e Costelinha respinguem no projeto Cães Comunitários, que mantém vários animais convivendo em diferentes bairros, sendo cuidados por pessoas que se interessam em protegê-los.



http://www.rac.com.br/noticias/nacional/140949/2012/08/14/cadela-comunitaria-e-resgatada-com-11-perfuracoes.html

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