terça-feira, 1 de maio de 2012

Meu cão mordeu um sapo, o que eu faço?

Saiba qual o procedimento a ser tomado.
A maioria dos cães adora brincar ou até morder sapos e a grande preocupação dos donos é o que é que pode acontecer depois dessa inocente brincadeira?

Normalmente os acidentes ocorrem no período da noite e a evolução clínica é extremamente rápida.

A ingestão de sapos mortos, desidratados, também pode levar a quadros de envenenamento.

O envenenamento que não se deve a nenhum sistema especializado de inoculação, ocorre pelo contato da secreção de dois tipos de glândulas (paratoídes e mucosas) quando comprimidas com a mucosa do trato gastrointestinal superior e por soluções de continuidade da pele (feridas).

Como os sapos não possuem aparelho de inoculação de veneno, são classificados como venenosos não peçonhentos.

Essas glândulas paratoídes se localizam acima dos olhos do sapo, já as glândulas mucosas distribuem-se por toda superfície corporal do sapo.

A sintomatologia observada depende da severidade do envenenamento. Nos quadros mais leves, observa-se irritação da mucosa e salivação.

A medida que o quadro clínico se agrava, além dos sintomas citados, pode notar-se depressão, fraqueza, decúbito esternal, dor abdominal, andar em círculos, pupilas não responsivas à luz, convulsões, edema pulmonar e morte.

O diagnostico clínico é feito por uma adequada anamnese, na qual se buscam informações sobre a ocorrência de sapos no local do acidente ou até mesmo a presença de sapos mortos nas suas proximidades.

A hora em que os sintomas ocorrem é outra informação relevante, visto que os acidentes geralmente ocorrem a noite, período de maior atividade desses anfíbios.

Não existe antídoto para esse envenenamento.

A primeira medida a ser tomada é a lavagem da boca do cão com água corrente abundante, tomando-se cuidado para que o animal não ingira a água e para que o material de lavagem não vá para os pulmões.

Logo em seguida procure imediatamente a ajuda de um médico veterinário para que o tratamento correto seja realizado e assim o animal possa ser curado.


Dra. Henriette Brito Jordão
CRMV-RJ-8489
Clínica auQmia – Nova Friburgo – RJ

http://lupusalimentos.com.br

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