Ex-modelo e ex-produtora de moda com carreira internacional, Nina Rosa é um dos mais importantes nomes dos Direitos Animais no Brasil.
Ela largou sua profissão e se tornou ativista em defesa dos direitos animais, em tempo integral.
Em 1976, quando morava em Nova York, ela conta que se tornou vegetariana depois que ouviu um amiga dizer enquanto olhava o cardápio de um restaurante vietnamita: “não como carne pelos animais”.
Nina Rosa tinha amigos vegetarianos, mas jamais havia ouvido algo que fizesse tanto sentido para ela. Desde então, nunca mais comeu carne.
Há 18 anos, virou vegana; há oito anos criou o Instituto Nina Rosa, que vem construindo uma trajetória reconhecida não só no nosso país, como no exterior.
O principal instrumento do INR é a educação humanitária. “O INR passou a indicar a Educação Humanitária como método complementar de ensino em todas as áreas, para crianças e adultos, com o propósito de oferecer uma educação de valores, em que compaixão, ética, solidariedade façam parte do aprendizado.
Isso ocorre por meio do despertar da consciência do amor pelos animais, da valorização desses sentimentos humanos pelos animais e da valorização dos sentimentos dos próprios animais.
A educação de valores é uma ferramenta poderosa e, uma vez internalizada, é aplicada durante toda a vida em qualquer circunstância, criando indivíduos com maior capacidade de compreender e respeitar o outro e suas diferenças”, disse Nina Rosa nesta entrevista concedidada com exclusividade para a ANDA.
ANDA – Qual o papel do INR na defesa dos direitos animais?
Nina Rosa – O papel do INR na defesa dos direitos animais é informar sensibilizando.
Pesquisar e revelar os bastidores da exploração animaL, por meio da educação humanitária.
Damos apoio e incentivo a outras ONGs de proteção aos bichos também.
ANDA – Como a educação humanitária desenvolvida pelo INR vem contribuindo para transformar pessoas e beneficiar os animais?
Nina Rosa – A Educação Humanitária já existe na Europa e EUA. Ao conhecer suas bases, o INR passou a indicar a Educação Humanitária como método complementar de ensino em todas as áreas, para crianças e adultos, com o propósito de oferecer uma educação de valores, em que compaixão, ética, solidariedade façam parte do aprendizado.
Isso ocorre por meio do despertar da consciência do amor pelos animais, da valorização desses sentimentos humanos pelos animais e da valorização dos sentimentos dos próprios animais.
Por serem seres com capacidade de amor incondicional e totalmente desprovidos de preconceitos, os animais são inspíradores naturais de nosso lado mais iluminado, revelando nossa própria capacidade de sentir e oferecer carinho, afeto, cuidados, respeito, compreensão.
A educação de valores é uma ferramenta poderosa e, uma vez internalizada, é aplicada durante toda a vida em qualquer circunstância, criando indivíduos com maior capacidade de compreender e respeitar o outro e suas diferenças.
ANDA – A Carne é Fraca é um divisor de águas no cenário do ativismo em defesa dos Direitos Animais no Brasil. Como foi concebido?
Nina Rosa – O dvd, como a maioria de nossos documentários, foi inicialmente concebido por inspiração.
Um profundo sentimento de que aqueles animais estavam pedindo ajuda.
O fato de que os humanos também seriam beneficiados pela informação por ganharem liberdade de escolha sempre foi um fator muito importante na decisão de produzir documentários.
Por experiência própria sabia dos benefícios físicos e espirituais de se adotar dieta e postura livres de crueldades e sentia que, para oferecer as informações que me levaram a essa opção, melhor do que falar, mostrar.
Lembro-me que poucos acreditavam que esse documentário teria repercussão; achavam prematuro. Mas como minha escolha do tema era baseada em intuição e compaixão e não em sucesso, seguimos em frente.
Na época, 2004, o movimento de defesa animal brasileiro ainda se dedicava quase exclusivamente a defender animais domésticos, havendo poucos vegetarianos.
Isso mudou.
Não só na proteção animal. Incontáveis depoimentos nesses quatro anos foram transmitidos por carta, e-mail, telefone, pessoalmente, relatando mudanças profundas nas pessoas.
O documentário A Carne é Fraca vem sendo exibido por grupos, associações, escolas, pessoas físicas, algumas TVs no Brasil e exterior.
Associado ao trabalho da Sociedade Vegetariana Brasileira e de outras oganizações de Defesa Animal no Brasil que hoje adotam e divulgam a postura ética com todos os animais, vem fornecendo incentivo e bases para a notável adesão ao vegetarianismo que está acontecendo em nosso País.
ANDA – Criar e dirigir uma organização como o INR é tarefa para poucos.
Quais foram os maiores entraves enfrentados nessa trajetória?
E claro, quais as maiores recompensas?
Nina Rosa – Os entraves são apenas aqueles que todo trabalho pioneiro enfrenta.
Sinto que o desafio é encontrar verdadeiros colaboradores.
Pessoas comprometidas com seu desenvolvimento pessoal e com a defesa dos direitos animais, que percebam o quanto esses dois fatores estão interligados e o quanto o serviço voluntário é valoroso para si próprias e para o Bem maior.
Da mesma forma com relação aos colaboradores financeiros, perceberem a oportunidade de “investirem” numa causa justa, trabalhando o desapego e contribuindo para um mundo mais pacífico.
Essas pessoas existem, mas ainda são poucas relativamente a todo o trabalho que precisa ser feito.
As recompensas fazem parte do cotidiano.
Saber que estamos ajudando os animais, saber que estamos fazendo isso de forma correta, amorosa e coerente com nossos princípios, sentir que estamos evoluindo como pessoas, saber que estamos contribuindo para que outras pessoas evoluam.
Sempre que comparecemos a algum evento da causa recebemos muito carinho, gratidão e palavras de confiança em nosso trabalho.
ANDA – Quando citamos os trabalhos do INR, A Carne é Fraca é sempre lembrada, mas o Instituto já produziu outros documentários também muito importantes para a causa animal.
Nina Rosa – O primeiro documentário foi Olhar e Ver, relatando a situação dos animais domésticos na cidade de São Paulo e o trabalho das organizações de defesa animal.
Valéria Grillo emprestou sua marcante voz para a locução, abrilhantando o trabalho.
Em seguida veio o Fulaninho, o cão que ninguém queria, onde o cãozinho relata sua vivência à procura de um lar.
Nesse trabalho tivemos as participações voluntárias do ator Cassio Scapin, que fez a voz do Fulaninho, e a de Madeleine Alves na narração.
Em O gato como ele é, depoimentos de conhecedores e amantes dos felinos narram como eles são.
Desta vez, a participação especial e voluntária foi de Miguel Falabella e os depoimentos de Danuza Leão, Ruy Castro e Heloisa Seixas trouxeram um charme especial ao trabalho.
Vida de cavalo, de burro, de jegue veio para nos fazer conhecer melhor esses eqüídeos e os cuidados que precisam para alcançarem uma vida mais digna entre nós.
Não Matarás, os animais e os homens nos bastidores da ciência trata da vivissecção – utilização de animais vivos – em experimentos de pesquisa e ensino, no sentido de trabalharmos para extinguir mais essa exploração dos animais.
ANDA – Como acabou de citar, o INR já abordou temas ligados ao consumo de animais para abate, a vivissecção, animais abandonados e de tração.
Os animais aquáticos podem ser tema de um futuro documentário prodizido pelo Instituto?
Nina Rosa – Estão na mira do nosso amor, no nosso pensamento e oportunamente faremos materializar material que os inclua.
ANDA – O INR também publica livros; qual o critério de escolha para editar ou patrocinar?
Nina Rosa – Damos preferência a autores nacionais, com temas voltados a denunciar, propor
soluções e/ou sensibilizar para extinguir a exploração animal.
ANDA – O que mudou no cenário dos Direitos Animais desde que o INR foi criado?
Nina Rosa – A evolução da Defesa Animal nestes oito anos foi muito significativa.
A forma de praticá-la, os conceitos, a comunicação – agora via internet – é uma poderosa ferramenta para atingirmos objetivos comuns.
A Defesa Animal vem conquistando o respeito da sociedade pelas ações organizadas, pelo amor e comprometimento com que trabalhamos.
Hoje muito mais pessoas se importam e agem para o bem dos animais domésticos, e a maioria já ouviu falar em vegetarianismo, conhece alguém que seja vegetariano ou está almejando tornar-se.
É uma grande mudança na direção de um mundo mais ético, justo e pacífico.
ANDA – Para onde caminha o INR, quais são os próximos passos?
Nina Rosa – Nosso foco está voltado para a educação, e nela encontramos nossa missão.
Estamos terminando um novo site, que estará mais fácil, para auxiliar as pessoas que procuram orientação.
Sabemos o quanto a informação criteriosa e amorosa pode melhorar o relacionamento entre animais humanos e não-humanos; e sabemos que a sociedade é carente desse tipo de informação, o que prejudica ambos, mas principalmente o animal.
Nossos passos são guiados no sentido de proporcionar conhecimento para a valorização da vida animal.
http://www.anda.jor.br/28/04/2009/de-vida-de-modelo-a-modelo-de-vida
Ela largou sua profissão e se tornou ativista em defesa dos direitos animais, em tempo integral.
Em 1976, quando morava em Nova York, ela conta que se tornou vegetariana depois que ouviu um amiga dizer enquanto olhava o cardápio de um restaurante vietnamita: “não como carne pelos animais”.
Nina Rosa tinha amigos vegetarianos, mas jamais havia ouvido algo que fizesse tanto sentido para ela. Desde então, nunca mais comeu carne.
Há 18 anos, virou vegana; há oito anos criou o Instituto Nina Rosa, que vem construindo uma trajetória reconhecida não só no nosso país, como no exterior.
O principal instrumento do INR é a educação humanitária. “O INR passou a indicar a Educação Humanitária como método complementar de ensino em todas as áreas, para crianças e adultos, com o propósito de oferecer uma educação de valores, em que compaixão, ética, solidariedade façam parte do aprendizado.
Isso ocorre por meio do despertar da consciência do amor pelos animais, da valorização desses sentimentos humanos pelos animais e da valorização dos sentimentos dos próprios animais.
A educação de valores é uma ferramenta poderosa e, uma vez internalizada, é aplicada durante toda a vida em qualquer circunstância, criando indivíduos com maior capacidade de compreender e respeitar o outro e suas diferenças”, disse Nina Rosa nesta entrevista concedidada com exclusividade para a ANDA.
ANDA – Qual o papel do INR na defesa dos direitos animais?
Nina Rosa – O papel do INR na defesa dos direitos animais é informar sensibilizando.
Pesquisar e revelar os bastidores da exploração animaL, por meio da educação humanitária.
Damos apoio e incentivo a outras ONGs de proteção aos bichos também.
ANDA – Como a educação humanitária desenvolvida pelo INR vem contribuindo para transformar pessoas e beneficiar os animais?
Nina Rosa – A Educação Humanitária já existe na Europa e EUA. Ao conhecer suas bases, o INR passou a indicar a Educação Humanitária como método complementar de ensino em todas as áreas, para crianças e adultos, com o propósito de oferecer uma educação de valores, em que compaixão, ética, solidariedade façam parte do aprendizado.
Isso ocorre por meio do despertar da consciência do amor pelos animais, da valorização desses sentimentos humanos pelos animais e da valorização dos sentimentos dos próprios animais.
Por serem seres com capacidade de amor incondicional e totalmente desprovidos de preconceitos, os animais são inspíradores naturais de nosso lado mais iluminado, revelando nossa própria capacidade de sentir e oferecer carinho, afeto, cuidados, respeito, compreensão.
A educação de valores é uma ferramenta poderosa e, uma vez internalizada, é aplicada durante toda a vida em qualquer circunstância, criando indivíduos com maior capacidade de compreender e respeitar o outro e suas diferenças.
ANDA – A Carne é Fraca é um divisor de águas no cenário do ativismo em defesa dos Direitos Animais no Brasil. Como foi concebido?
Nina Rosa – O dvd, como a maioria de nossos documentários, foi inicialmente concebido por inspiração.
Um profundo sentimento de que aqueles animais estavam pedindo ajuda.
O fato de que os humanos também seriam beneficiados pela informação por ganharem liberdade de escolha sempre foi um fator muito importante na decisão de produzir documentários.
Por experiência própria sabia dos benefícios físicos e espirituais de se adotar dieta e postura livres de crueldades e sentia que, para oferecer as informações que me levaram a essa opção, melhor do que falar, mostrar.
Lembro-me que poucos acreditavam que esse documentário teria repercussão; achavam prematuro. Mas como minha escolha do tema era baseada em intuição e compaixão e não em sucesso, seguimos em frente.
Na época, 2004, o movimento de defesa animal brasileiro ainda se dedicava quase exclusivamente a defender animais domésticos, havendo poucos vegetarianos.
Isso mudou.
Não só na proteção animal. Incontáveis depoimentos nesses quatro anos foram transmitidos por carta, e-mail, telefone, pessoalmente, relatando mudanças profundas nas pessoas.
O documentário A Carne é Fraca vem sendo exibido por grupos, associações, escolas, pessoas físicas, algumas TVs no Brasil e exterior.
Associado ao trabalho da Sociedade Vegetariana Brasileira e de outras oganizações de Defesa Animal no Brasil que hoje adotam e divulgam a postura ética com todos os animais, vem fornecendo incentivo e bases para a notável adesão ao vegetarianismo que está acontecendo em nosso País.
ANDA – Criar e dirigir uma organização como o INR é tarefa para poucos.
Quais foram os maiores entraves enfrentados nessa trajetória?
E claro, quais as maiores recompensas?
Nina Rosa – Os entraves são apenas aqueles que todo trabalho pioneiro enfrenta.
Sinto que o desafio é encontrar verdadeiros colaboradores.
Pessoas comprometidas com seu desenvolvimento pessoal e com a defesa dos direitos animais, que percebam o quanto esses dois fatores estão interligados e o quanto o serviço voluntário é valoroso para si próprias e para o Bem maior.
Da mesma forma com relação aos colaboradores financeiros, perceberem a oportunidade de “investirem” numa causa justa, trabalhando o desapego e contribuindo para um mundo mais pacífico.
Essas pessoas existem, mas ainda são poucas relativamente a todo o trabalho que precisa ser feito.
As recompensas fazem parte do cotidiano.
Saber que estamos ajudando os animais, saber que estamos fazendo isso de forma correta, amorosa e coerente com nossos princípios, sentir que estamos evoluindo como pessoas, saber que estamos contribuindo para que outras pessoas evoluam.
Sempre que comparecemos a algum evento da causa recebemos muito carinho, gratidão e palavras de confiança em nosso trabalho.
ANDA – Quando citamos os trabalhos do INR, A Carne é Fraca é sempre lembrada, mas o Instituto já produziu outros documentários também muito importantes para a causa animal.
Nina Rosa – O primeiro documentário foi Olhar e Ver, relatando a situação dos animais domésticos na cidade de São Paulo e o trabalho das organizações de defesa animal.
Valéria Grillo emprestou sua marcante voz para a locução, abrilhantando o trabalho.
Em seguida veio o Fulaninho, o cão que ninguém queria, onde o cãozinho relata sua vivência à procura de um lar.
Nesse trabalho tivemos as participações voluntárias do ator Cassio Scapin, que fez a voz do Fulaninho, e a de Madeleine Alves na narração.
Em O gato como ele é, depoimentos de conhecedores e amantes dos felinos narram como eles são.
Desta vez, a participação especial e voluntária foi de Miguel Falabella e os depoimentos de Danuza Leão, Ruy Castro e Heloisa Seixas trouxeram um charme especial ao trabalho.
Vida de cavalo, de burro, de jegue veio para nos fazer conhecer melhor esses eqüídeos e os cuidados que precisam para alcançarem uma vida mais digna entre nós.
Não Matarás, os animais e os homens nos bastidores da ciência trata da vivissecção – utilização de animais vivos – em experimentos de pesquisa e ensino, no sentido de trabalharmos para extinguir mais essa exploração dos animais.
ANDA – Como acabou de citar, o INR já abordou temas ligados ao consumo de animais para abate, a vivissecção, animais abandonados e de tração.
Os animais aquáticos podem ser tema de um futuro documentário prodizido pelo Instituto?
Nina Rosa – Estão na mira do nosso amor, no nosso pensamento e oportunamente faremos materializar material que os inclua.
ANDA – O INR também publica livros; qual o critério de escolha para editar ou patrocinar?
Nina Rosa – Damos preferência a autores nacionais, com temas voltados a denunciar, propor
soluções e/ou sensibilizar para extinguir a exploração animal.
ANDA – O que mudou no cenário dos Direitos Animais desde que o INR foi criado?
Nina Rosa – A evolução da Defesa Animal nestes oito anos foi muito significativa.
A forma de praticá-la, os conceitos, a comunicação – agora via internet – é uma poderosa ferramenta para atingirmos objetivos comuns.
A Defesa Animal vem conquistando o respeito da sociedade pelas ações organizadas, pelo amor e comprometimento com que trabalhamos.
Hoje muito mais pessoas se importam e agem para o bem dos animais domésticos, e a maioria já ouviu falar em vegetarianismo, conhece alguém que seja vegetariano ou está almejando tornar-se.
É uma grande mudança na direção de um mundo mais ético, justo e pacífico.
ANDA – Para onde caminha o INR, quais são os próximos passos?
Nina Rosa – Nosso foco está voltado para a educação, e nela encontramos nossa missão.
Estamos terminando um novo site, que estará mais fácil, para auxiliar as pessoas que procuram orientação.
Sabemos o quanto a informação criteriosa e amorosa pode melhorar o relacionamento entre animais humanos e não-humanos; e sabemos que a sociedade é carente desse tipo de informação, o que prejudica ambos, mas principalmente o animal.
Nossos passos são guiados no sentido de proporcionar conhecimento para a valorização da vida animal.
http://www.anda.jor.br/28/04/2009/de-vida-de-modelo-a-modelo-de-vida
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