sábado, 11 de maio de 2013

Programa de Humanização no Hospital Albert Einstein inclui visita de animais

 

 
 
 
O Hospital Albert Einstein foi buscar na consultoria Planetree, nos Estados Unidos, as respostas para uma inquietação comum em grandes hospitais mundo afora: como aperfeiçoar conceitos de humanização baseados em experiências bem sucedidas e que podem ser aplicadas em qualquer lugar do mundo?
 
Com sede em São Francisco, na costa oeste americana, a Planetree se tornou referência mundial em humanização ao se basear na filosofia patient-centered-care (cuidado centrado nos pacientes).
Desde 78, quando foi fundada, 23 hospitais em todo mundo aderiram ao selo Planetree.
 
Na América Latina, o Einstein será a primeira instituição a adotar o modelo americano.
 
O primeiro contato do hospital paulistano com a organização se deu em 2008.
Nos últimos três anos, 54 colaboradores da própria unidade ficaram com a responsabilidade de difundir para os seus 10 mil colegas de trabalho os preceitos do Planetree, que prega intervenções como a remoção de barreiras arquitetônicas (“o hospital precisa ser como nossa casa”), a implantação de uma cultura de diversão dentro do hospital e até mesmo fazer com que a unidade interaja com a vizinhança em seu entorno.
 
Tudo isso com um único objetivo: fazer com que o trato da saúde possa ser uma experiência mais humanista possível, baseada no tripé assistencial pacientes/familiares/colaboradores.
Uma das ações que mais chamam a atenção é o Pet Therapy.
O hospital permite que os internados recebam a visita dos seus animais de estimação, caso haja uma aprovação dos médicos e baseada no quadro de saúde do paciente, que não pode estar na UTI.
 
Toda a ação de Pet Therapy, que promove uma melhoria no humor dos pacientes e no nível de interações sociais, é coordenada pelo serviço de infecção hospitalar do hospital.
As visitas acontecem em um local específico e afastado do leito.
 
“As ações são aplicadas sempre com o aval das equipes médicas”, salienta Rita Grotto, responsável pela Planetree no Hospital Israelita Albert Einstein.
A filosofia do patient-centered-care no Einstein inclui também outras atividades, como ioga, acupuntura e a comemoração do aniversário dos pacientes internados.
 
Mas há ações que vão além do cuidado com a saúde, como permitir que o paciente tenha acesso ao prontuário e, assim, interaja com a rotina de cuidado prestado.
 
Outra premissa, que integra uma espécie de bula para se adequar a filosofia do Planetree, é a espiritualidade, que deve ter papel especial na cura do paciente.
 
A instituição deve, inclusive, estimular, sempre que possível, o encontro do paciente e membros de sua religião.
 
“O hospital ideal combinaria o melhor da tecnologia moderna em medicina com a melhor experiência possível no cuidado ao paciente, para se tornar um ambiente de cura, onde basta que ele se recupere”, costuma pregar a americana Angelica Thieriot, fundadora do método, que surgiu de sua própria experiência como enferma em um hospital que proibia, entre outras coisas, a visita de familiares.
Adequações – “As barreiras culturais são grandes e temos que respeitar as individualidades”, pondera Rita em relação às adequações que cada instituição pode e deve fazer no momento de aderir ao Planetree.
 
“Percebemos que a política do prontuário aberto, por exemplo, em que é possível que o visitante ou o próprio paciente faça a leitura e escreva nele, por mais que divulgássemos, não é algo muito buscado em nossa experiência”.
 
Outro exemplo dessa adaptação feita pelo Einstein foi a criação do subcomitê de médicos, voltado para a organização de procedimentos do grupo, algo que não estava previsto no modelo original. “Tínhamos um solo fértil para a implantação do Planetree.
 
Cerca de 80% dos requisitos solicitados para emitir o selo já praticávamos aqui”, conta Rita.
Um exemplo é a ação com grupo de palhaços, presença contumaz na ala de pediatria e que integra o plano de ação sugerido pela entidade americana.
 
Segundo a Planetree, os hospitais com a designação têm registrado uma maior satisfação dos pacientes, redução de entradas no setor de emergência e menor número de erros de medicação.
 
 
Fonte: DiagnosticoWeb
 
http://web.cursoszooterapia.com.br

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