Lucio Flávio Cruz
De acordo com o secretário do Ambiente, Gilmar Domingues Pereira, o abate não resolveria o problema que é muito mais amplo.
"Temos um desequilíbrio ambiental.
As aves vão para as propriedades agrícolas da região, se alimentam e voltam a noite para dormir na cidade, onde não há predadores naturais.
Já tentamos várias outras alternativas como repelente, sinal sonoro, pensamos em usar fogos de artifício, como em outras cidades, mas nada resolveu.
O abate também não seria suficiente, além de ser muito caro.
A ferramenta que melhor trouxe resultado foi a poda de árvores na região central.
Outro problema é que as pombas procriam com muita rapidez.
Algumas delas chegam a ter seis ninhadas por ano", informou.
O secretário garantiu que nenhuma empresa ou instituição se interessou em fazer o abate dos pombos em virtude das muitas exigências do Ibama.
"Foram colocadas muitas condicionantes pelo Ibama, como o abate, o controle, a esterilização e o descarte das carcaças.
Ficaria muito caro e ninguém se interessou.
Procuramos até mesmo a Universidade Estadual de Londrina (UEL) que também não tinha condições de nos ajudar", relatou.
Gilmar Domingues chegou à conclusão que a única alternativa para resolver o problema dos pombos em Londrina é buscar projetos para equilibrar o meio-ambiente.
"Fizemos várias reuniões no Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para buscar soluções.
Temos que realizar programas para recompor a nossa Mata Ciliar.
Só assim vamos criar um ambiente propício para as aves permanecerem na zona rural.
Lá temos os predadores naturais e assim seria feito o controle da população de pombos de forma natural", finalizou.
De acordo com o secretário, existem hoje em Londrina aproximadamente 200 mil pombos das espécies Columba Lívia e Zenaida Auriculata, conhecidas como 'amargosinhas".
A superpopulação dos pombos em Londrina é uma polêmica que vem desde a administração de Nedson Micheleti (PT).
Em um primeiro momento, o Ibama chegou a impedir o abate das aves e várias Ongs que trabalham na proteção da vida animal também se posicionaram contrárias a ação.
A pombas podem transmitir doenças ao ser humano, como histoplasmose, infecção por salmonella, e criptococose, infecção causada pela inalação de um fundo geralmente associado a fezes dos pombos que, em alguns casos, pode levar à morte.
Em 2009, foram confirmados quatro casos dessa doença em Londrina, inclusive com uma morte.
http://londrina.odiario.com/londrina/noticia/573994/secretaria-do-ambiente-suspende-abate-de-pombos-em-londrina/
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