quinta-feira, 21 de junho de 2012

Dragões de Komodo aterrorizam moradores de vilarejo


Dragões-de-Komodo têm dentes como os de tubarões e veneno capaz de matar uma pessoa em algumas horas, além de serem os maiores lagartos do mundo.

Apesar disso, eles viveram durante gerações em paz com as pessoas da ilha de Komodo, na Indonésia, até que um dia, começaram a atacar.

Muitas pessoas foram feridas e duas foram mortas em 2007.

Os ataques são raros, mas hoje os moradores vivem com medo.

Main, um guarda-florestal de 46 anos, estava trabalhando no Parque Nacional de Komodo quando um lagarto lhe atacou no calcanhar.

E ao tentar se livrar dos seus dentes, ficou com a suas mãos presas neles.

Ele precisou levar 55 pontos no ferimento.
Guarda florestar mostra sua mão inchada em reação a mordida de um dragão de komodo.
Guarda florestar mostra sua mão inchada em reação a mordida de um dragão de komodo.
 
 
Os Komodos chegam a ter até 3 metros de comprimento e a pesar 70 kg.
 
Desde da década de 80, quando caçadores eliminaram os lagartos da ilha de Padar, Komodo e Rinca são onde vivem a maioria deles.
 
O biólogo, especializado em répteis, Heru Rudiharto diz que apesar de ser ilegal tirar plantas do Parque Nacional, é muito difícil fiscalizar.
 
Há quem diga que por causa disso, os animais ficam com fome e são mais agressivos, mas os oficiais do Parque discordam.
Nos últimos trinta e cinco anos, quatro pessoas já morreram e, pelo menos, oito foram lesadas em mais de dez anos.

Considerando a população local e o giro de turistas, há cerca de quatro mil pessoas na região, portanto, o nível das que sofrem com os ataques, é relativamente baixo.

Por mais que os números sejam baixos, não sao uma boa publicidade a campanha para que o Parque entre na lista das Sete Maravilhas da Natureza.

Claudio Ciofi, que trabalha no Departamento de Biologia e Genética Animal na Universidade de Florença, na Itália, diz que se os komodos estão com fome, eles podem ser atraídos às vilas pelo cheiro de comida cozinhando.

Os dragões comem 80% do seu peso e podem ficar sem comer por semanas. Um morador disse que os ataques aumentaram depois de uma política, surgida em 1994, que proíbe os moradores de os alimentarem.

Essa política se fez necessária, pois se os animais recebem alimentação de maneira fácil, eles perdem a habilidade de caçar, prejudicando a sua sobrevivência.

Os moradores vivem temerosos e pedem uma solução.

Até mesmo os guarda-florestais estão apreensivos.

[MSNBC]

 

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