terça-feira, 3 de abril de 2012
Quem são os cães super-heróis?
FOTO JOHNNY DUARTE
VIDA URBANA – POR PRISCILLA MERLINO
A recente onda de violência praticada contra animais domésticos inspirou uma reação inédita no país: das redes sociais nasceu o movimento Crueldade Nunca Mais, que no dia 22 de janeiro tomou as ruas de várias cidades.
Os manifestantes exigem leis que punam os agressores com maior rigor.
Na reportagem de capa da edição de fevereiro, Época São Paulo mostra quem são e como trabalham alguns dos cães que ajudam a melhorar a qualidade de vida de doentes, idosos e crianças com dificuldades motoras, traz noções de primeiros socorros para animais acidentados e um teste para saber se você entende de posse responsável, além de um guia para a escolha do cão ideal para apartamento, uma galeria de produtos para deixar seu pet ainda mais feliz e, por fim, uma nova profissão em alta: dog sitter, a babá do totó.
Chega de crueldade
Eles estão pagando o pato por serem fiéis.
Mas também podem ser “anjos de patas” que salvam vidas.
O valente Titã tinha só quatro meses quando foi enterrado vivo por seu primeiro “dono”.
Cão sem raça definida (SRD), ele foi resgatado por um integrante da Associação de Proteção aos Animais após uma denúncia anônima.
Dois meses depois, ganhou uma família nova.
A saga de Titã (nome de um deus da mitologia grega) teve como cenário a pequena Novo Horizonte, cidade próxima a São José do Rio Preto, a cerca de 400 quilômetros da capital.
A repercussão do caso, no entanto, comoveu o país.
À polícia, seu agressor alegou que o cão estava morto e por isso decidiu enterrá-lo.
A investigação mostrou que o animal seria assassinado, seguindo o destino de outros dois cães do mesmo homem.
Indiciado no artigo 32 da Lei Federal 9.605 (Lei de Crimes Ambientais), ele responderá por maus-tratos.
A pena prevista é de detenção de três meses a um ano e multa.
Raramente alguém vai para a cadeia por maltratar animais no Brasil.
Em São Paulo, Dalva Lina da Silva, de 42 anos, foi detida em flagrante quando deixava na calçada da rua em que mora, na Vila Mariana, os corpos ensacados de 35 cães e quatro gatos.
À polícia, ela disse ter sacrificado “alguns animais” para ajudá-los, uma vez que todos eles estariam sofrendo.
Dalva também afirmou não saber que isso é crime.
Solta após prestar depoimento, ela responderá por maus-tratos em liberdade.
Da lista de crueldades contra animais praticadas recentemente, o episódio mais deplorável foi o espancamento, até a morte, de um cão da raça yorkshire por uma enfermeira da cidade de Formosa (GO).
A violência, registrada em vídeo e divulgada na internet, ocorreu na frente de uma criança, filhada agressora.
Felizmente, nem mesmo as piores notícias andam sozinhas no mundo animal.
Enquanto o país se choca com os atos de crueldade, uma parcela crescente de brasileiros recebe todos os dias as bênçãos do convívio com animais domésticos.
São deficientes ou portadores de doenças graves que encontram na mansidão de um bicho peludo e arfante uma razão de viver.
Não faltam relatos comoventes de pessoas cuja vida foi transformada pela terapia assistida por animais.
A técnica começou a ser utilizada no século XVIII, na Inglaterra.
No Brasil, o interesse é mais recente: surgiu na década de 1960 e apenas em 1990 foram feitos os primeiros estudos científicos.
“Foi a médica Niseda Silveira quem falou sobre o gato como coterapeuta, possibilitando o aumento na motivação dos pacientes durante as sessões”, diz a médica veterinária Luciana Deschamps, diretora da Clínica Sr. Gato, em Pinheiros.
Hoje, a terapia assistida por animais (TAA) é levada a sério por profissionais da área de saúde, inclusive em hospitais.
“O animal faz parte do tratamento, buscando melhorar a saúde física, emocional e social.”
http://web.cursoszooterapia.com.br
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