quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Estudo alerta para risco de 'falência' de água em várias regiões do planeta

Fonte: G1


 

 

"Um estudo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) em parceria com outras instituições avaliou cerca de 200 projetos ligados à água realizados nos últimos 20 anos em todo o planeta.
O relatório alerta para o risco de uma "falência" da água em várias regiões do globo.
 
Entre os fatores que geram problemas, o Pnuma destaca políticas e decisões erradas tomadas por agentes sociais, como governos, empresas e organizações locais de comércio, de pescadores ou agricultores.

O impacto dessa "falência" é negativo "para a segurança alimentar e de energia, para a adaptação às mudanças climáticas, para o crescimento econômico e para a segurança humana", aponta o estudo.

Um dos exemplos é o Lago Chade, um dos maiores da África e importante economicamente para a população de quatro países: Camarões, Níger, Nigéria e Chade.
 
De acordo com a pesquisa, o lago encolheu consideravelmente nos últimos 40 anos e está mais raso, com profundidade de 11 metros.
 
O uso intensivo das águas para irrigação desde a década de 1970 e a pesca local contribuíram para a diminuição do lago, que também não tem sido abastecido com chuvas como era no passado.
 
Os agricultores que precisam dele para suas plantações correm risco se o nível de espelho d'água não for recuperado, aponta o levantamento.

Uma questão sensível para o Brasil, que abriga boa parte do Aquífero Guarani, uma das maiores reservas naturais de água do mundo, é a dificuldade que a população local e o poder público de vários países têm para entender a limitação da capacidade de recuperação dos aquíferos, aponta o levantamento.

Bacias hidrográficas têm sofrido pressão crescente devido à urbanização das cidades, aumentando a escassez de água e a baixa qualidade do líquido disponível, segundo o estudo.

A queda no nível de oxigênio dissolvido nos oceanos também preocupa os autores.
 
Em 2008, mais de 400 "zonas mortas" marítimas foram identificadas, totalizando 245 mil km² de áreas com pouco ou nenhum oxigênio disponível para a vida marinha.

No total, os projetos estudados tiveram mais de US$ 7 bilhões investidos, de acordo com o Pnuma.
 
Casos bem-sucedidos também são analisados, como o manejo da bacia do Rio da Prata, que inclui países da América do Sul como Argentina e Brasil."

http://www.ogritodobicho.com/2012/10/estudo-alerta-para-risco-de-falencia-de.html
 

Nenhum comentário: