Você tem um peixe de aquário em casa?
Se tiver, experimente fazer o seguinte.
Pegue um copo grande ou uma caneca de plástico.
Encha de água.
Pegue o seu peixinho, coloque dentro do copo, abra a geladeira, a portinha do congelador, coloque o copo lá dentro e espere algumas horas.
Abra a porta do congelador.
Seu peixinho vai estar congelado e morto, obviamente, certo?
Então, porque os peixes que habitam os pólos do planeta (Ártico e Antártico) não congelam?
E olha que um freezer doméstico raramente é mais frio do que 0° C.
Como explicar que os peixes de águas geladas, que atingem – 1,8° C negativos, possam viver, nadar, comer e procriar?
A resposta, segundo da Universidade de Bochum (Alemanha), está no sangue dos peixes.
Existe uma proteína, até pouco tempo desconhecida e sobre a qual quase nada foi estudado até hoje, que impede o congelamento do sangue dos peixes.
Mesmo as espécies que vivem exclusivamente nessas áreas têm sangue com ponto de fusão de 0,9° C negativos, superior aos 1,8° C negativos da água em que vivem, portanto, deveriam congelar.
Este enigma ficou sem solução por mais de 50 anos, até que esta proteína foi descoberta.
Para desvendar a fundo essa questão, os cientistas estudaram o organismo da Merluza-antártica (Dissostichus mawsoni), peixe que vive nas águas da Patagônia (Argentina) e mais para o sul.
Os pesquisadores monitoraram, no sangue dos peixes, os movimentos das moléculas de água e das tais proteínas anti-congelantes.
Descobriram, com essa técnica, que na presença da proteína as moléculas intensificam sua circulação. Ou seja, a proteína impede a formação de cristais de gelo.
Com ou sem proteína, no entanto, aconselhamos: não coloque seu pobre peixinho no congelador para tirar conclusões científicas.
[Life's Little Mysteries]
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