Reabilitação pode trazer mais complicações ao animal.
Cuidados não impediram mortes quase imediatas depois da soltura.
Os pesquisadores espanhóis analisaram o processo de reintegração destes animais no mar e descobriram que as mudanças no comportamento tinham relação direta com quão complicado havia sido o processo de recuperação.
Tartaruga cabeçuda com o transmissor por satélite acoplado em seu casco.
(Foto: Universidade de Barcelona)
(Foto: Universidade de Barcelona)
Ao serem libertadas, três das tartarugas reabilitadas mostraram mudanças de comportamento.
"Uma morreu e as outros duas não nadavam bem e estavam muito desorientadas”, disse Luís Cardona, autor do estudo e pesquisador do Departamento de Biologia Aninal da Universidade de Barcelona.
Embora o número de animais incluídos neste estudo não é muito elevada e que necessitam de mais estudos, os resultados mostram que quando a reabilitação é complicada, existe uma percentagem de animais que não readaptar a liberdade, reitera Cardona.
Diante dos resultados, Cardona põe em xeque a necessidade de recuperar e tratar uma tartaruga.
"A questão subjacente a este projeto é quando vale a pena recuperar e tratar uma tartaruga.
Numa época de recursos limitados e para o bem do próprio animal.
Os cientistas têm de trabalhar com veterinários nos centros de reabilitação para estabelecer protocolos para determinar quando uma tartaruga deve ser tratada e quando não", diz Cardona.
Do Globo Natureza, em São Paulo
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