Conseguir um novo lar a um cão adulto, principalmente se ele tiver alguma deficiência, é uma das principais dificuldades da ONG SOS Vira-lata.
Conforme a fundadora e uma das voluntárias do grupo, Geórgia Feltrin Rosa, a baixa rotatividade dos cães com essas características é um dos fatores que impede a ONG de continuar o trabalho.
"Imagino que só uns 20% dos cachorros que são adotados são adultos", revela.
“Ter um cão significa custos e ele precisa de espaço físico, o que não temos.
Eu tenho sete, outra voluntária tem 26, e assim vai.
Se não conseguimos um lar para os que já temos, fica difícil tirar mais um da rua”, explica a voluntária.
"As pessoas reclamam tanto porque há muitos animais nas ruas, mas ninguém faz nada para reverter isso", desabafa.
“Além disso, quase não recebemos ajuda de Prefeitura, Estado, empresas, ninguém.
É muito difícil tocar um trabalho assim”, afirma.
"Enquanto isso, tem ONG por aí que nem existe e recebe um monte de verba".
Amarelo (foto) é um dos cães que há quase um ano precisa de um dono.
“Ele é muito dócil e saudável, mas sempre sobra nas feiras.
O Amarelo ficava em um terminal de ônibus, onde jogavam pedras nele, até que resgatamos”, conta Geórgia.
“Os cães adultos ou com alguma deficiência, como uma pata amputada, cego ou com uma parte do corpo paralisada, costumam ficar muito tempo conosco.
Geralmente quem adota é uma pessoa especial, capaz de dar mais atenção ao bicho”, relata.
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